domingo, 13 de junho de 2010

Alê, Valentin!

Ele não sabia se era frio ou quente, se iriam trazer sua jaqueta, se iam gostar da aparência, se ela ia receber o presente. Não sabia se era normal o pé parecer morto, o estômago explodir, a raiva subir à cabeça.
Esse nunca foi o seu ideal de história emocionante, muito menos o de um dia dos namorados. Mas isso não quer dizer que não foi bom, não quer dizer que ele não gostou.
Não importava pra ele se as coisas tinham saído um pouco do controle, se as churrasqueiras não poderiam ser alugadas, se ele teve vontade de cometer homicídios.
O que importava é que ela estava lá. E ele não cansava de notar, a cada vez que a via, de que ela era perfeita. O que a princípio foi um sentimento de "ela é bonita e legal" evoluia dia após dia, e no momento se descrevia na frase "não posso perdê-la, de maneira alguma".
Assustava demais, pensar em não tê-la mais. De não ter os beijos, os abraços, a paciência, o apoio. De não ter mais o amor. Estava tudo tão bem, que se o tombo viesse dessa vez, seria o pior de todos.
E a saudade, machuca, sim, mas se supera. Mesmo sonhando que moravam juntos, que podiam ter um ao outro a hora que quisessem, sabia que a realidade era diferente. E a realidade era que, não importam os dias que passam, eram todos vividos com um unico objetivo: esperar por ela.

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