terça-feira, 22 de setembro de 2009

A metade da foto que está faltando



Passaremos a vida inteira sofrendo por paixão, afinal, vamos nos apaixonar inúmeras vezes. Vamos nos entregar de braços abertos tantas vezes que um dia vamos perder a conta. Vamos derramar lágrimas incontáveis, fazer escândalos memoráveis, viveremos dias de uma incessável turbulência a qual vamos chamar de amor.
Mas esse sentimento desenfreado, essa obsessão assassina da qual vamos sofrer, não passa de uma paixão. Uma paixão louca e descontrolada, que é mais do que um desejo carnal, é algo no qual você se apega muito a alguém, que não pode se ver sem este. É um sentimento doentio, e que pode durar por muito tempo. E que pode enganar também.
E eu insisto em dizer que esse sentimento forte não é amor, e sim paixão. Porque amor, este não é forte. Amor não é intenso, muito pelo contrário. Amor vai te deixar calmo, não eufórico. Amor se traduz em olhares, não em beijos fogosos. Amor é quando as suas brigas terminam em tristeza, e não em ódio. Amor é quando o simples fato de estar perto de alguém te trás uma paz inexplicável, e não uma vontade incrível de agarrar a sua paixão.
E ao contrário das paixões, amor você sentirá uma vez só na vida. Talvez nem sinta. Talvez nem saiba que sentiu. Talvez não sabia na hora que está amando, até porque você pode amar verdadeiramente alguém que no momento é sua paixão. Mas um dia vai ver seu amor andando na sua frente, e vai sentir as borboletas na sua barriga se mechendo. E isso só se sente com um alguém, a vida toda. Faça o possível então para estar bem junto do seu amor, afinal, é a melhor coisa que você irá sentir.

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