terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Manias.

Ela tem mania de beliscar, de morder, de arranhar. Tem mania de esmagar, de colar o corpo contra o dela, de rir. E tem um riso gostoso, um riso que é lindo de se observar. Ela tem mania de deitar no meu colo e dormir, faz do meu corpo um travesseiro. Tem mania de adormecer rapidamente, quando consegue adormecer. Tem mania de ficar brava com quase tudo, de ter ciumes até da minha sombra. Tem mania de ficar emburrada e depressiva e outras coisas mais que a tornam diferente, a tornam triste. Mas a tristeza não diminui a beleza, ela continua lá, linda. Ela tem mania de parecer uma menina, a minha menina, e as vezes tem mania de ser mulher. Ela ri, brinca, apronta e chora, como uma garotinha faz, e mais uma vez, me pego observando a beleza nesses modos, que eu não vejo em outras pessoas. E então ela se arruma, se veste, anda e fala decidida como uma mulher, madura no auge de seus dezessete anos vividos. Ela tem uma mania engraçada, de fazer eu me apaixonar todos os dias que eu a vejo.

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