segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A Menina Verde


Adoro acordar no verão, quando não está chovendo. Adoro olhar pra cima e ver a cor do céu. Sim, do céu. Nos poucos dias em que vejo o dia nascendo, contemplo uma mistura de cores que eu tenho como a definição de beleza. Amo do fundo do meu coração a coloração que o céu tem no início da manhã e no final da tarde, um azul quase roxo, diferente do azul escuro que precede o anoitecer e antecede o sol nascente, um azul que não é gêmeo do azul do meio dia. Coinscidentemente amo estes azuis, que me trazem diversas emoções, que me lembram de milhares de cores. Que mechem tanto comigo que me deixam feliz.
Quando eu era menor, odiava azul. Azul escuro me lembrava de mar, mar me lembra de solidão, solidão me lembra de Bruno. E Bruno me lembra de tantas coisas ruins. Coisas ruins que as vezes encobrem as boas, mas as boas são tão lindas, que me lembram do azul que hoje eu tanto amo. E eu amo porque nos dias em que eu vejo o azul do céu, o amarelo do Sol fica mais brilhante, o verde das árvores mais chamativo, até o cinza da cidade de pedra fica mais colorido, e meu mundo fica mais feliz. Logo, azul me lembra de coisas boas. Azul que me faz ver alegria, azul que me diz que não posso ser triste, que devo esquecer os problemas. Azul que não me entende, mas que me explica que a felicidade é o melhor remédio. Que lembra do céu, que me lembra de cor, que me lembra de vida. E aí, tudo azul?

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