segunda-feira, 7 de setembro de 2009

21:00


Escuridão me lembra de você. Me lembra dos teus cabelos, dos teus olhos, mantos negros impenetráveis, que me lembram da noite. Noite que me lembra de solidão, de tristeza, de frieza. E estes sentimentos me lembram de você. E, eu juro que não quero lembrar de você como uma estátua, uma estátua negra que não sente a emoção dos observadores, uma estátua para a qual eu já redigi centenas de artigos e imaginei milhares de releituras. Não quero lembrar de ti eternamente como o amor que eu nunca consegui.
Escuridão me lembra de você. Mas como a noite começa, tem de terminar, e estou ansioso pelo dia em que olharei pra você e lembrarei do amanhecer.

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