quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Leito Vazio


Horas embaixo de um sol escaldante, minutos passados embaixo de chuva. E mesmo assim continuo a esperar. Por mais que demore, não posso sair do lugar, não posso perder a locomoção ou nada me levará onde quero. Por mais que eu deteste o ambiente onde me meti, por mais que odeie o ar que tenho que respirar aqui, por mais que seja desconfortável, ainda assim irei esperar. Sei que está sem lotação, ninguém procura essa linha, então de alguma forma eu posso preencher esse vazio. Um dia o ônibus chega, e eu espero poder entrar. A não ser que o motorista, acostumado com a rotina sem passageiros, não consiga me ver fazendo sinal.

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