Noite escura. Pegou a capa velha de viagem, surrada após anos de trabalho, e se vestiu novamente. Mais uma longa noite de trabalho. Não sabia por que trabalhar na noite, deviam ser essas coisas de supersticiosos. Odiava o escuro, porém seu uniforme era preto. Não havia escolhas, apenas cumpria ordens.
Escondeu a chave debaixo do vaso de plantas - que já estavam secas a tanto tempo -, com um certo cuidado para que ninguém descobrisse o local secreto. Nada muito impossível, raramente via seus vizinhos. Até porque sua casa era muito velha, quase caindo aos pedaços. Mesmo assim, guardava várias lembranças, fotografias de tempos que não voltavam mais, todas em preto e branco. Não teve filhos, solidão havia prevalescido durante todo esse tempo, triste afirmar. Já não lembrava quando havia sido a última vez que conversara com alguém, todas as vezes que tinha um encontro, o silêncio imperava.
Porém esta noite era diferente. Esta noite iria encontrar um amigo de longa data. Já havia fugido de tantos encontros, nunca quis se sentar para tomar um café, estava sempre com pressa. Difícil encontrar mais pessoas nesse trabalho duro, raramente vira um mesmo rosto mais de uma vez - ainda que lembrasse de todos os que havia visto. Mas, como disse, esta noite era especial. Não estava procurando o amigo, este havia telefonado, convidado para passar um tempo, comer uns biscoitos e tomar um chá. Ele que havia procurado o encontro, o que deixava este muito agradável.
Quando bateu na porta, o anfitrião veio atender com um sorriso no rosto. "Entre, já estava atrasada. Faz tanto tempo". Foi retribuido com um sorriso, e desferiu um tapinha nas costas do manto negro. Conversaram por algumas horas, uma conversa divertida. Até que, então, chegou a hora de partir. E, curiosamente, desta vez o homem não tentou escapar, estendeu a mão e saiu junto com o convidado. Saíram os dois felizes, de mãos dadas. "Por que desta vez não tira o capuz?", e o pedido do velho amigo foi obedecido. Por debaixo do grande capuz, estava um rosto velho, cansado, mas incrivelmente lindo. Os dois se olharem por um momento, e continuaram andando, rindo, aproveitando cada momento.
Quando vivemos a vida intensamente e aproveitamos o máximo dela, a morte se torna apenas outra aventura, uma outra etapa a ser vencida, e fica extremamente linda aos olhos de quem a compreende.
Escondeu a chave debaixo do vaso de plantas - que já estavam secas a tanto tempo -, com um certo cuidado para que ninguém descobrisse o local secreto. Nada muito impossível, raramente via seus vizinhos. Até porque sua casa era muito velha, quase caindo aos pedaços. Mesmo assim, guardava várias lembranças, fotografias de tempos que não voltavam mais, todas em preto e branco. Não teve filhos, solidão havia prevalescido durante todo esse tempo, triste afirmar. Já não lembrava quando havia sido a última vez que conversara com alguém, todas as vezes que tinha um encontro, o silêncio imperava.
Porém esta noite era diferente. Esta noite iria encontrar um amigo de longa data. Já havia fugido de tantos encontros, nunca quis se sentar para tomar um café, estava sempre com pressa. Difícil encontrar mais pessoas nesse trabalho duro, raramente vira um mesmo rosto mais de uma vez - ainda que lembrasse de todos os que havia visto. Mas, como disse, esta noite era especial. Não estava procurando o amigo, este havia telefonado, convidado para passar um tempo, comer uns biscoitos e tomar um chá. Ele que havia procurado o encontro, o que deixava este muito agradável.
Quando bateu na porta, o anfitrião veio atender com um sorriso no rosto. "Entre, já estava atrasada. Faz tanto tempo". Foi retribuido com um sorriso, e desferiu um tapinha nas costas do manto negro. Conversaram por algumas horas, uma conversa divertida. Até que, então, chegou a hora de partir. E, curiosamente, desta vez o homem não tentou escapar, estendeu a mão e saiu junto com o convidado. Saíram os dois felizes, de mãos dadas. "Por que desta vez não tira o capuz?", e o pedido do velho amigo foi obedecido. Por debaixo do grande capuz, estava um rosto velho, cansado, mas incrivelmente lindo. Os dois se olharem por um momento, e continuaram andando, rindo, aproveitando cada momento.
Quando vivemos a vida intensamente e aproveitamos o máximo dela, a morte se torna apenas outra aventura, uma outra etapa a ser vencida, e fica extremamente linda aos olhos de quem a compreende.
Pô Bunii, se supero véi!
ResponderExcluirDá até orgulho de ter um Amigo assim ASHuiASHiua
Continua assim véi, fico show msm.
Fiquei sem palavras.
ResponderExcluire hum tu usa elas melhor do que qualquer um.
bjs bruninho.
adoreei.