Ah, no começo era tão jovem, cheia de vida, com um futuro promissor. Todos possuiam milhares de espectativas, diziam que ia chegar longe, que iria aguentar chuvas, tremores e todas as catástrofes possíveis. Que o progresso passaria por ela, que seria gigante, suprema em sua função. Muitos duvidavam da capacidade, achavam que era estimada demais por seus criadores. Porém, como tudo o que existe, com o tempo, foi caindo no esquecimento, foi ficando velha. Ainda hoje, muitas pessoas passam por ela, de formas diferentes, com destinos diferentes, afinal ela liga diversos lugares à inúmeras localidades. Alguns estão nela só de passagem, já que o destino é muito próximo. Outros, passam muito rápido, mas desfrutam da emoção da velocidade, aproveitam a viagem ao extremo. Uns passam apenas por obrigação, não vêem a hora de chegar ao fim, acham que passar por ela é uma tortura incrível. Há aqueles que perdem o controle no meio da viagem, e acabam saindo da linha por algumas vezes. Também tem os que julgam a jornada chata e sem graça; diferentemente dos que andam de forma agradável, aproveitando a paisagem ao extremo, sentindo cada momento, despreocupados. Estes, quando menos esperam, já percorreram incontáveis milhas, e nem perceberam, estavam prontos para mais uma jornada. O curioso é que nenhuma destas pessoas, enquanto está viajando, consegue ver algo além do horizonte, não saberia dizer aonde exatamente terminou o seu caminho, é tudo imprevisível, o fim da estrada pode ser depois de qualquer curva. Não é pefeita, está cheia de buracos, passa por locais horríveis, de extrema melancolia - na verdade passa por todos os lugares e te expõe a todas as situações imagináveis. Acredite se quiser, mas inauguraram esta estada com o nome de Vida.
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