quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fim da Estrada


Ah, no começo era tão jovem, cheia de vida, com um futuro promissor. Todos possuiam milhares de espectativas, diziam que ia chegar longe, que iria aguentar chuvas, tremores e todas as catástrofes possíveis. Que o progresso passaria por ela, que seria gigante, suprema em sua função. Muitos duvidavam da capacidade, achavam que era estimada demais por seus criadores. Porém, como tudo o que existe, com o tempo, foi caindo no esquecimento, foi ficando velha. Ainda hoje, muitas pessoas passam por ela, de formas diferentes, com destinos diferentes, afinal ela liga diversos lugares à inúmeras localidades. Alguns estão nela só de passagem, já que o destino é muito próximo. Outros, passam muito rápido, mas desfrutam da emoção da velocidade, aproveitam a viagem ao extremo. Uns passam apenas por obrigação, não vêem a hora de chegar ao fim, acham que passar por ela é uma tortura incrível. Há aqueles que perdem o controle no meio da viagem, e acabam saindo da linha por algumas vezes. Também tem os que julgam a jornada chata e sem graça; diferentemente dos que andam de forma agradável, aproveitando a paisagem ao extremo, sentindo cada momento, despreocupados. Estes, quando menos esperam, já percorreram incontáveis milhas, e nem perceberam, estavam prontos para mais uma jornada. O curioso é que nenhuma destas pessoas, enquanto está viajando, consegue ver algo além do horizonte, não saberia dizer aonde exatamente terminou o seu caminho, é tudo imprevisível, o fim da estrada pode ser depois de qualquer curva. Não é pefeita, está cheia de buracos, passa por locais horríveis, de extrema melancolia - na verdade passa por todos os lugares e te expõe a todas as situações imagináveis. Acredite se quiser, mas inauguraram esta estada com o nome de Vida.

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