Não que não quisesse estar assim, mas os acasos o deixaram vivo. Cada dia mais vivo, cada dia mais convicto de sua vivacidade. Cada dia mais acostumado com o fato de que se tem que estar aqui, vai estar do seu jeito. E então as bebedeiras se tornaram constantes, o pulmão já não responde com o mesmo reflexo de antigamente. É em um ritmo desenfreado de cigarros que começa o dia, e em compassos sinuosos de alcolismo que vai se deitar. Se deitar é modo de dizer, pois cai no primeiro lugar que acha, e ali fica, com a cabeça girando, até o corpo adormecer.
E então o dia amanhece, e se mais uma vez o acaso deixar, vai acordar com a cabeça explodindo, a boca seca, o estômago embolado. E aí recomeça: outro maço pra aliviar a dor, algumas doses pra servirem de xarope, e uma folha de papel pra escrever cartas de suícidio que ninguém vai ler.
Tudo continua bagunçado, e ainda não veio ninguém limpar. E nunca vai vir. Não enquanto o cheiro de fumaça e bebida estiver no seu casaco.
E então o dia amanhece, e se mais uma vez o acaso deixar, vai acordar com a cabeça explodindo, a boca seca, o estômago embolado. E aí recomeça: outro maço pra aliviar a dor, algumas doses pra servirem de xarope, e uma folha de papel pra escrever cartas de suícidio que ninguém vai ler.
Tudo continua bagunçado, e ainda não veio ninguém limpar. E nunca vai vir. Não enquanto o cheiro de fumaça e bebida estiver no seu casaco.
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