sábado, 12 de dezembro de 2009

Da Vinci


A gente se descobre e a gente se inventa. A gente se inventa e só assim se descobre. As vezes não descobre, outras vezes não inventa. Ou inventa que descobre, e aí descobre que inventa. Se descobre inventando, e inventa se descobrindo. E se renova, e se desloca, e se muda, e tudo volta. E quando volta, você descobre que se reinventar é vicioso, é perigoso, suculento e até imoral. Mas, descobre que inventar é, no mínimo, inevitável. E se não for, invento que é.
A gente se descobre e a gente se inventa. Eu faço isso pelo menos umas 10 vezes por dia. A gente descobre que é triste e inventa que é feliz. A gente inventa uma mentira, e descobre que é verdade. A gente descobre que gosta, e inventa que não sente nada. A gente inventa metáforas e descobre que esse é o nome que se dá pras coisas que não se explicam, mas que se entendem. A gente inventa que sabe das coisas, e descobre que não sabe nada.
E só assim se descobre como um ser, um inventor de descobertas.

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